TY - JOUR AU - Neves, Márcia Seabra PY - 2018/07/04 Y2 - 2024/03/29 TI - Homens, animais e jaulas: apontamentos para uma zoopoética JF - Cadernos de Literatura Comparada JA - ILC Cadernos VL - IS - 38 SE - Vária DO - 10.21747/21832242/litcomp38v9 UR - https://ilc-cadernos.com/index.php/cadernos/article/view/498 SP - 459-471 AB - <p>Inscrevendo-se no coração da cidade moderna como espaço de (re)encontro do homem com os animais e uma natureza cada vez mais distante, o zoológico institui-se, na realidade, como um espaço artificial de marginalização e confinamento animal, reforçado as fronteiras entre o humano e o não-humano. Pretende-se pois, neste trabalho, indagar o modo como esse encontro entre o homem e o animal – através da jaula – é representado no texto literário, espaço privilegiado de apreensão da animalidade, porquanto nele o escritor tenta fixar, pela palavra articulada, a subjetividade dos animais, entrar, pelos poderes da ficção, na sua pele, imaginar o que eles diriam se falassem, conjeturar acerca dos seus saberes sobre o mundo e figurar a sua humanidade. Tomaremos como <em>corpus</em> de análise o conto “O búfalo” de Clarice Lispector (<em>Laços de Família</em>, 1960) e a série “Zôo” de João Guimarães Rosa (<em>Ave Palavra</em>, 1970), interpretados à luz das reflexões teóricas de autores como Gilles Deleuze, Jacques Derrida e John Berger.</p> ER -