Marcas de exílio em Tudo o que eu tenho trago comigo de Herta Müller

Autores

  • Tiago Montenegro

Palavras-chave:

exílio, marca, objecto, fome, guerra

Resumo

São analisados neste artigo as marcas de exílio no romance de Herta Müller Tudo o que eu tenho trago comigo (2009) a partir das vivências do protagonista e narrador Leopold Auberg nos cinco anos que passou num campo de detenção russo (os gulags) no pós-2ª Grande Guerra. Nesta análise concentramo-nos principalmente nas marcas de exílio relacionadas com as questões da identidade (e a sua relação com o Outro e com a língua); a relação que o personagem estabelece com os objectos que encontra no campo e de que forma isso o ajudará a superar os cinco anos de detenção; e também a relação entre o narrador e o ser que denomina como ‘o anjo da fome’, que condicionará de igual forma a sua vivência no campo. As marcas da passagem de Leopold pelo campo de detenção serão profundas, deixando cicatrizes no corpo, mas principalmente na mente do jovem que parte ainda um adolescente e que regressa como um adulto experienciando um eterno exílio.

Downloads

Publicado

2014-06-30

Como Citar

Montenegro, T. (2014). Marcas de exílio em Tudo o que eu tenho trago comigo de Herta Müller. Cadernos De Literatura Comparada, (30). Obtido de https://ilc-cadernos.com/index.php/cadernos/article/view/321