A incerta viagem dos mitos e das mulheres que neles vivem: a reinvenção de Helena

Autores

  • Jorge Deserto

Palavras-chave:

Mitologia, Grécia antiga, Literatura Grega, Helena de Troia

Resumo

Os antigos Gregos assentaram grande parte da sua identidade – e da sua cultura, e da sua literatura – num conjunto de narrativas, variadas, multiformes, capazes de incluir toda a experiência humana. A essas narrativas costumamos chamar mitos. É sobre elas que assenta a força e a variedade da literatura grega, de Homero à tragédia, dos poetas líricos aos historiadores e aos filósofos. Eram narrativas de uma incrível plasticidade, permanentemente contadas e recontadas, sempre prontas a assumirem novas formas e diferentes versões, num incessante diálogo consigo mesmas. Neste texto, abordo esta capacidade de reinvenção a propósito da figura de Helena (em Homero, em Estesícoro, em Eurípides, em Heródoto), talvez aquela, de entre as figuras mitológicas, que mais viu refeita a sua história. Se hoje continuamos a reescrever os mitos gregos, talvez isso aconteça porque os próprios Gregos já entendiam que essa era a forma indicada de lidar com eles: reinventá-los continuamente.

 

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Publicado

2016-06-30

Como Citar

Deserto, J. (2016). A incerta viagem dos mitos e das mulheres que neles vivem: a reinvenção de Helena. Cadernos De Literatura Comparada, (34). Obtido de https://ilc-cadernos.com/index.php/cadernos/article/view/362