Figurações/fulgurações do labirinto em "Migrações do Fogo", de Manuel Gusmão

Autores

  • Rosa Mesquita

Palavras-chave:

Labirinto, migração, tempo, espaço, constelação, memória, caminho, migrante, promessa, fios, Ariadne, linguagem, ruínas, mapa, utopia, poema

Resumo

Migrações do Fogo, de Manuel Gusmão, poderá ter tido por base a questão dos grandes movimentos migratórios da atualidade, embora tudo se tenha complexificado com o surgimento de uma ideia de migração mais complexa, conduzindo a um outro conceito de migrante. Esta criação de mundos em devir está também presente na obra analisada, uma vez que o “migrante” avança num movimento de errância pelos labirínticos corredores, onde se cruzam memórias cristalizadas de toda uma tradição literária, musical, plástica e, sobretudo, cinematográfica. A ênfase na memória cinematográfica gera um movimento ecfrástico visível em muitos dos poemas que constituem a obra em estudo. A questão do tempo (da história e da memória) afirma-se como um vetor fundamental para a perceção desta poesia que circula nas linhas e nas margens de um “tempo constelado”, tal como definido pelo próprio poeta.

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Publicado

2016-06-30

Como Citar

Mesquita, R. (2016). Figurações/fulgurações do labirinto em "Migrações do Fogo", de Manuel Gusmão. Cadernos De Literatura Comparada, (34). Obtido de https://ilc-cadernos.com/index.php/cadernos/article/view/365