A Paixão de Sara: uma carta de amor regiana ou a errância em três tempos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp42a3

Palavras-chave:

Escuta, fingimento, rito

Resumo

Este artigo pretende demonstrar a cadência poética de Missa in Albis, bem como a perceção da palavra e, logo, da persona e seu discurso, como um exercício de escuta. “Quer ouvir?” repete-se como um motivo de instauração poética do mundo, pois “Tudo nos fala.” Centrando o estudo essencialmente na figura de Sara, ler-se-á a sua Paixão como decalque-simulacro do poema regiano “Carta de Amor”, na convocação temática do fingimento e do binómio arte/vida na poética de Maria Velho da Costa, pelo que se abordará o carácter ritualista de Sara, quer no que respeita à incursão pelo religioso, quer no que reflete a literatura (arte) enquanto voragem palimpséstica. Nesse sentido, e atendendo ao exercício lúdico de contrafação de sujeitos, veremos como Sara se virá a situar à beira Ebro ou no rio que assedia Münster.

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Publicado

2020-09-09

Como Citar

Capela, C. (2020). A Paixão de Sara: uma carta de amor regiana ou a errância em três tempos. Cadernos De Literatura Comparada, (42), 35–50. https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp42a3