Veronica Stigger e o espírito de 22
DOI:
https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp46a12Palavras-chave:
Ficção brasileira contemporânea, Veronica Stigger, movimentos modernistas, experimentalismos, pós-autonomiaResumo
Desenvolve-se uma reflexão em torno dos procedimentos de escrita de Veronica Stigger, que revitalizam na contemporaneidade brasileira os experimentalismos e as transgressões instauradas a partir da Semana de 22. Sua obra ficcional apresenta uma dicção fragmentada, humorística, intertextual, intersemiótica, irônica, paródica e transgressora que segue a esteira dos manifestos e de outros textos de Oswald de Andrade publicados tanto na revista Klaxon (1922) quanto nos anos conseguintes, tais como Manifesto da poesia pau Brasil (1924), Memórias sentimentais de João Miramar (1924), Poesia Pau Brasil (1925), Manifesto Antropófago (1928) e Serafim Ponte Grande (1933), bem como dos Movimentos modernistas do Brasil (1922-1928) e Cobra Norato (1931) de Raul Bopp. Por meio da leitura de Opisanie swiata (2013), examina-se como Stigger reverbera o espírito de 22, sobretudo por meio da apropriação de elementos ficcionais e biográficos de Oswald, Mário, Bopp e Tarsila ao mesclá-los e reinseri-los em novos contextos de escrita na perspectiva da literatura pós-autônoma.