Maria de Jesus de Souza, um travesti, sob a pena de João Antônio, em diálogo com a obra de Hélène Cixous
DOI:
https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp47a2Palavras-chave:
travestimento, João Antônio, Hélène CixousResumo
Numa dupla abordagem, o artigo evoca o travestimento strito sensu de Maria de Jesus de Souza, protagonista do conto de João Antônio, como um cavalo de Tróia, “uma máquina de guerra”, retomando a célebre definição de Monique Wittig para construir um novo espaço/corpo, fluído e inovador para si e diante dos outros. Trata-se de um diálogo profícuo com a obra, sobretudo teatral, de Hélène Cixous, a qual, ao interrogar o género sexual, interroga os géneros textuais, abolindo as fronteiras entre teoria, ficção, ensaística, poesia e teatro. Numa certa medida, o texto de João Antônio, autor paulistano, deixa transparecer, para além do sexo biológico daquele que escreve, uma estrutura libidinal da subjetividade.
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