As muitas “Teresinhas” de Chico Buarque de Hollanda
DOI:
https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp47a5Palavras-chave:
Francisco Buarque de Holanda, travestismo, canção, mulheresResumo
Abordagem às criações lírico-musicais do compositor brasileiro Chico Buarque de Hollanda, enfocando especialmente as canções em que a voz lírica se apresenta travestida de mulher, assumindo, assim, um suposto ponto de vista feminino para cantar-contar a realidade das relações afetivas e, em plano mais abrangente, sociais. Essa voz, inaugurada em “Com açúcar, com afeto” (1966), consagrou-se em criações como “Sem fantasia” (1967), “Atrás da porta” (1972), “Tatuagem” (1972-73), “A mais bonita” (1989), “A ostra e o vento” (1998), “Dura na queda” (2000), “Lábia” (2001), “Se eu soubesse” (2011), entre tantas outras, com destaque para “Sem açúcar” (1975), “Olhos nos olhos” (1976), “Folhetim” (1977-78) , “O meu amor” (1977-78), “Teresinha” (1977-78), “Sob medida” (1979), “Meu guri” (1981) e “Meu namorado” (1982). O artigo, levando em consideração a trajetória de Buarque compositor até nossos dias e as próprias transformações da inserção das mulheres nos espaços privados e públicos, resgatará o percurso dessa voz travestida, buscando apontar possíveis modificações no ponto de vista feminino pressuposto.
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