Existe música surrealista?
Intersecções, cruzamentos, desvios
DOI:
https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp49a3Palavras-chave:
Surrealismo, música, arte, revoluçãoResumo
Foram precisos dois ou três anos de gestação, entre 1921 e 1924, antes que se manifestasse abertamente o movimento cujas linhas de força seriam definidas pela primeira vez por André Breton no seu Manifesto Surrealista. Várias foram as suas ramificações artísticas até então, com especial relevo para as artes plásticas e o cinema. Contudo, sobre a existência de uma música dita “surrealista” não há consenso crítico, permanecendo um campo de estudo que ainda e apenas poderá fornecer resultados provisórios e aberto a constantes revisões. Sabendo desta escassez de produção científica, iremos recorrer a alguns autores por nós identificados que de modo consistente se debruçaram sobre a temática aqui em foco, principalmente a Theodor Adorno, mas também a críticos como Max Paddison, Anne LeBaron e Hannah Lewis que servirão de base ao nosso propósito: partindo de uma primeira contextualização do movimento, tentaremos, de seguida, ampliar ou mesmo “construir”, ainda que de um modo preliminar, um mapeamento da música surrealista, abrindo vias de definição possíveis com base nas linhas orientadoras e pressupostos filosóficos que ladeiam o pensamento e acção surrealistas. A lista de compositores mencionados incluirá nomes como Stravinsky, Kurt Weill, Erik Satie, George Antheil, mas também, de entre os inúmeros que poderíamos citar como paradigmáticos desta revolução musical, Edgar Varèse, Pierre Schaeffer e John Cage.
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