Máquinas de fala: a escrita vocal de Samuel Beckett

Autores

  • Annita Costa Malufe Universidad de Salamanca / PUC-SP / ILC

DOI:

https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp49v1

Palavras-chave:

Samuel Beckett, voz, música, performance, corpo

Resumo

O artigo enfoca a potência vocal que se intensifica na escrita de Samuel Beckett, sobretudo nas obras da última fase, tendo por objetivo demonstrar os elos entre literatura, dramaturgia, música e performance que aí se delineiam exemplarmente a partir da exploração da materialidade da voz. Para tanto, propõe-se a noção de “máquinas de fala”, para definir esses textos que trabalham com o material vocal e, cada vez mais, constituem-se enquanto partituras para músicas da fala. O leitor será então aquele que executa vozes no tempo real de sua leitura, mesmo quando silenciosa; ele é o performer dessa escrita, pondo a funcionar a cada vez, em seu corpo, as máquinas rítmicas que são os textos. Trata-se de pensar a criação dessas linhas vocais em Beckett, nessa escrita que se dá a partir de ritmos e sonoridades e inventa novas línguas.

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Publicado

2023-12-31

Como Citar

Malufe, A. C. (2023). Máquinas de fala: a escrita vocal de Samuel Beckett. Cadernos De Literatura Comparada, (49), 175–194. https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp49v1