Vozes Apócrifas: Profanações em 'Ágora', de Ana Luísa Amaral
DOI:
https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp51a6Palavras-chave:
Ana Luísa Amaral, Ágora, vozes apócrifas, profanaçõesResumo
Neste artigo, propõe-se uma leitura da relação entre imagem e palavra em Ágora (2019), de Ana Luísa Amaral (1956-2022), à luz do conceito de “terceiro pictural” de Liliane Louvel. Ao ceder a palavra a personagens bíblicas e de outras narrativas que moldaram a cultura ocidental, retratadas nas pinturas que acompanham os poemas, Amaral apresenta um olhar crítico sobre o passado e a contemporaneidade, o que confere um caráter subversivo e político ao seu trabalho ecfrástico. Argumenta-se, assim, que Ágora expõe novas perspetivas das narrativas fundacionais do mundo ocidental. Através da construção de “vozes apócrifas”, capazes de criar espaços de resistência, Amaral reinventa e problematiza as perspetivas dominantes das narrativas presentes nas imagens, num gesto intimamente ligado à prática da “profanação” proposta por Giorgio Agamben.
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