@article{Rios_2018, title={Trânsitos, paragens e identidades em "A árvore das palavras"}, url={https://ilc-cadernos.com/index.php/cadernos/article/view/488}, DOI={10.21747/21832242/litcomp38v2}, abstractNote={<p>O romance <em>A Árvore das Palavras </em>(1997), da escritora portuguesa Teolinda Gersão, aproxima-se dos parâmetros do novo romance histórico. Essas narrativas, de modo geral, têm o objetivo de reescrever os fatos históricos através do discurso ficcional, traçando uma constituição identitária que considera traços culturais, sociais, políticos, etc., e visam revisitar versões históricas, muitas vezes subvertendo-as através dos mecanismos discursivos. Assim, o romance da autora portuguesa visita uma parte da história de Moçambique, quando o país ainda era colônia portuguesa, e revela, principalmente através do olhar inquieto e lírico da personagem Gita, o processo de descolonização da nação e as relações culturais estabelecidas entre colônia e metrópole. Gita, personagem principal do romance e narradora de duas das três partes nas quais o romance é dividido, alegoriza a personificação entre os dois espaços de trânsito da história: é filha dos colonos portugueses Amélia e Laureano, mas nasceu em Lourenço Marques e, frente ao contato e influência de Lóia, a antiga ama de leite, sente-se acolhida e ligada ao ambiente físico e cultural africano. Assim, por meio da figuração de diversos espaços e da vivência cultural e histórica que as personagens estabelecem com eles é possível perceber no romance as diferentes experiências frente à realidade da colonização e as disparidades discursivas produzidas a partir desse contexto social.</p>}, number={38}, journal={Cadernos de Literatura Comparada}, author={Rios, Dinameire Oliveira Carneiro}, year={2018}, month={Jul.}, pages={343–362} }