TY - JOUR AU - Veloso, Maria Manuela PY - 2016/06/30 Y2 - 2024/03/28 TI - Labirintos identitários na escrita e nos desenhos de Else Lasker-Schüler JF - Cadernos de Literatura Comparada JA - ILC Cadernos VL - IS - 34 SE - Artigos DO - UR - https://ilc-cadernos.com/index.php/cadernos/article/view/368 SP - AB - <p>De nacionalidades e géneros diversos, as estratégias discursivas das pessoas poéticas que Else Lasker-Schüler adopta nos seus textos e desenhos apontam para novos rumos perceptivos<strong>. Analisarei alguns exemplos desses itinerários identitários na sua obra. A </strong>auto-figuração pictórica e literária <em>Prinz Jussuf von Theben </em>[<em>Princípe Jussuf de Tebas</em>] – é uma personagem encenada e ilustrada ao longo de vários contos, cartas e postais. Um outro alter-ego de Lasker-Schüler é a princesa Tino, protagonista no sonho relatado em vários contos, <em>Die Nächte der Tino von Bagdad </em>[<em>As noites de Tino de Bagdad</em>] (1907), de novo, reportando ao orientalismo sempre presente na obra de Else Lasker-Schüler. A articulação do texto e da imagem volta a verificar-se em <em>Briefen nach Norwegen </em>[<em>Cartas para a Noruega</em>], publicadas em <em>Der Sturm </em>entre 1911 e 1912 por Lasker-Schüler, mais tarde publicadas sob o título <em>Mein Herz</em> – <em>Ein Liebesroman mit Bildern und wirklich lebenden Menschen </em>[<em>O Meu Coração – Um Romance de Amor com quadros e pessoas realmente vivas</em>]. Os contos ortónimos de 1910, de que são exemplo <strong><em>Tigerin, Affe und Kuckuck </em></strong><strong>[<em>A Tigreza, o Macaco e o Cuco</em>], <em>Im Neopathetischen Kabarett</em> [<em>No Cabaré Neopatético</em>],</strong><strong> </strong>permitem constatar como a autora exercia a abstracção na escrita pela via de <strong>outro entendimento de “forma”,</strong> premissa que continuará a ser verificável na sua poesia da fase dos primeiros anos da revista <em>Der Sturm</em> (1909-12), designadamente em “Versöhnung” [“Reconciliação”] e em “Ein alter Tibetteppich” [“Um Velho Tapete do Tibete”]. É na poesia que Lasker-Schüler radicaliza em metáfora a comunicação intra e inter-corpórea.</p> ER -