"Queer avant la lettre": sobre sapas, tangerinas, jacarés e lobisomens
DOI:
https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp39a2Palavras-chave:
Literaturas de Língua Portuguesa, Teoria/Textualidades Queer, Expressões estético-identitáriasResumo
Se o termo queer emerge e se sedimenta como dispositivo crítico a partir da década de 1990, determinados procedimentos textuais, corporais e estéticos adotados por autores como Al Berto (Portugal), Hebert Daniel e Leila Míccolis (Brasil), ainda nos anos de 1970, parecem (se) antecipar à(a) conformação substantiva que aquele adjetivo inglês assume no campo dos estudos sobre identidades sexuais e de gênero na atualidade. Parte-se, pois, da premissa de que houve em Língua Portuguesa uma expressão estética queer antes que o queer propriamente dito houvesse – ou tivesse sido nomeado como tal. Assim, o presente ensaio propõe-se a descrever e analisar, em perspetiva comparativista, alguns exemplos retirados das obras literárias d@s autor@s antes citad@s, fragmentos que parecem prenunciar os signos de liberdade e de libertação que atualmente vem sendo defendidas pela teoria queer.