O mundo calibanesco de Ana Luísa Amaral
DOI:
https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp39a3Palavras-chave:
monstro, diferença, metamorfose, Ana Luísa AmaralResumo
Partindo das propostas queer teorizadas por Ana Luísa Amaral no seu recente livro de ensaios, Arder palavra e outros incêndios, pretendo estudar esse “pequeno corpo que é o poema” consoante o tópico da monstruosidade. Para isso, analisarei o sentido ético e estético que a poeta dá à noção de diferença (margens, sexo, aparência e discurso), a importância do processo da metamorfose que permite “romper fronteiras e limites”. Por fim, o monstruoso aparecerá no seu valor palingenésico através de coordenadas como o excesso, a insurreição poética e política, entre outras. O meu corpus será composto, para além do livro de ensaios já mencionado, pelo “poema em acto” Próspero morreu, pelos livros para a juventude e por uma selecção de poemas da Autora.