Literatura em movimento: Narrativa e fotograma em O fotógrafo, de Cristovão Tezza

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp41a16

Palavras-chave:

Fotograma, narrativa, literatura brasileira, cinema, fotografia, CristovãoTezza

Resumo

Cristovão Tezza é um autor que, frequentemente, integra, discute e dramatiza as artes dentro de sua literatura, proporcionando leituras diversas que ampliam entendimentos e questionamentos acerca dos fenômenos artísticos. Em O fotógrafo o autor intitula os capítulos, do sumário, de “fotogramas”, utilizando do conceito técnico de fotograma, para efetivar a construção de significações dentro do romance. Assim, propõe-se, neste artigo,  realizar a leitura dos capítulos, segundo o conceito de fotogramas, proposta na versão da obra publicada pela editora Record (2011), extraindo múltiplos sentidos e possibilidades de análises. Defende-se que a junção das noções de fotogramas e de capítulos podem definir, conjuntamente, um processo narrativo. Juntamente às análises dos fotogramas no romance, foram estabelecidas relações dialógicas com os longas-metragens Blow up (1966) e Janela indiscreta (1954) que dramatizam a figura do fotógrafo dentro do discurso cinematográfico. Nesse contexto, busca-se ampliar o entendimento acerca da natureza da fotografia e do cinema destacando como o conceito de fotograma potencializa a compreensão dos capítulos da narrativa de Tezza em uma lógica integrada, e, consequentemente, como isso amplia as relações entre as artes, dentro da própria literatura.

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Publicado

2019-12-29

Como Citar

Tavares, T. R. (2019). Literatura em movimento: Narrativa e fotograma em O fotógrafo, de Cristovão Tezza. Cadernos De Literatura Comparada, (41), 355–376. https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp41a16

Edição

Secção

Artigos