Yvan Goll e as Vanguardas do Sincretismo
DOI:
https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp46a11Palavras-chave:
Vanguardas, Zenitismo, Surrealismo, Reísmo, fusãoResumo
Este artigo analisa os vários manifestos e programas poéticos que Yvan Goll assinou ao longo da sua carreira literária e tenta demonstrar como a noção de sincretismo pode ser um elemento comum às suas propostas expressionistas, zenitistas, surrealistas e reístas. Tendo pertencido a vários grupos de poesia de vanguarda em diversos países, um ímpeto de fusão das várias correntes internacionais atravessa a obra franco-alemã deste autor alsaciano tanto a nível teórico como poético e molda um estilo difícil de caracterizar de acordo com os rótulos tradicionais dos estudos das vanguardas. Não obstante o seu cosmopolitismo percursor de uma cultura mundial e o desejo de abolição de fronteiras no sentido mais lato, os textos de Yvan Goll revelam um eurocentrismo assinalável na sua visão do campo literário. Veremos ainda como a noção de sincretismo internacional dá lugar, na poesia da maturidade de Goll após a Segunda Guerra Mundial, ao desejo de fusão com o objeto poético.