'Próspero Morreu': A tentação do teatro em Ana Luísa Amaral

Authors

  • Alexandra Moreira da Silva Institut d’Études théâtrales – Sorbonne Nouvelle / ILCML

DOI:

https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp51a1

Keywords:

teatro, voz, monodrama, polifonia, trágico quotidiano

Abstract

Se, no conjunto da obra de Ana Luísa Amaral, Próspero morreu - Poema em acto aparece como a concretização do seu único projecto destinado aos palcos, a verdade é que a tentação e a presença subliminar do teatro na vida e na obra da poeta vem de longe, afirmando-se de forma mais expressiva nos tempos mais recentes através de práticas e de objetos artísticos de reconhecida diversidade. Partindo da análise do jogo de vozes intertextuais e intratextuais que a poeta distribui e encena nas numerosas cenas dialogantes da sua poesia, este trabalho propõe uma leitura de Próspero morreu como uma forma expandida do monodrama polifónico, entre jogo onírico e reflexão metapoética, que alarga o conflito dramático interpessoal ao conflito intrasubjectivo e onde não há heróis nem heroínas, mas sobretudo vozes que declinam de mil maneiras o trágico universalmente humano das pequenas mas sistemáticas tragédias quotidianas.

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Published

2024-12-30

How to Cite

Silva, A. M. da. (2024). ’Próspero Morreu’: A tentação do teatro em Ana Luísa Amaral. Cadernos De Literatura Comparada, (51), 11–25. https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp51a1