'Próspero Morreu': A tentação do teatro em Ana Luísa Amaral
DOI:
https://doi.org/10.21747/21832242/litcomp51a1Keywords:
teatro, voz, monodrama, polifonia, trágico quotidianoAbstract
Se, no conjunto da obra de Ana Luísa Amaral, Próspero morreu - Poema em acto aparece como a concretização do seu único projecto destinado aos palcos, a verdade é que a tentação e a presença subliminar do teatro na vida e na obra da poeta vem de longe, afirmando-se de forma mais expressiva nos tempos mais recentes através de práticas e de objetos artísticos de reconhecida diversidade. Partindo da análise do jogo de vozes intertextuais e intratextuais que a poeta distribui e encena nas numerosas cenas dialogantes da sua poesia, este trabalho propõe uma leitura de Próspero morreu como uma forma expandida do monodrama polifónico, entre jogo onírico e reflexão metapoética, que alarga o conflito dramático interpessoal ao conflito intrasubjectivo e onde não há heróis nem heroínas, mas sobretudo vozes que declinam de mil maneiras o trágico universalmente humano das pequenas mas sistemáticas tragédias quotidianas.
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